Doença transmitida por gatos infectados tem tratamento gratuito oferecido pela prefeitura

A Vigilância em Zoonoses de Joinville participou da reunião da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, nesta quarta-feira (16), para detalhar as ações de combate à esporotricose, uma doença causada por fungos do gênero Sporothrix. O encontro foi realizado a pedido da vereadora Liliane da Frada (Podemos), diante do crescimento de casos na cidade.

Segundo o gerente de Vigilância em Zoonoses, Anderson da Silva, 126 casos já foram confirmados apenas neste ano em Joinville. A esporotricose é uma zoonose que atinge principalmente gatos, mas também pode ser transmitida para humanos, por meio de arranhões, mordidas ou contato com secreções de animais infectados.

“Joinville identificou os primeiros casos da doença em 2022 e, desde então, estruturou um fluxo de atendimento que hoje é considerado modelo nacional”, destacou Anderson.

Atualmente, 33 gatos infectados estão internados em três clínicas conveniadas com a prefeitura para tratamento. O Centro de Bem-Estar Animal (CBEA) é responsável pelo recolhimento e transporte dos animais doentes, além do apoio no processo de isolamento.

Tratamento gratuito para animais e humanos

Como medida de controle, a vigilância fornece medicamentos antifúngicos gratuitamente para tutores de animais diagnosticados com a doença. Além disso, disponibiliza caixas de transporte e isolamento, ajudando a prevenir a disseminação do fungo entre outros animais e pessoas.

No caso de humanos infectados, o tratamento também é oferecido gratuitamente pelo SUS, conforme informou o gerente durante a reunião.

A esporotricose é considerada uma doença emergente no Brasil, especialmente em áreas urbanas com grande população de gatos. Por isso, autoridades de saúde reforçam a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para conter a disseminação da infecção.