Ações estratégicas, mutirões e o uso do método Wolbachia contribuíram para a queda de mais de 58 mil casos em relação ao ano passado

Joinville registrou uma redução expressiva de 98,94% nos casos confirmados de dengue nos quatro primeiros meses de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com os dados da Secretaria da Saúde, até a 18ª semana epidemiológica foram 622 casos da doença, sem nenhuma morte. No mesmo período de 2024, o município enfrentava uma das piores epidemias da história, com 58.322 casos e 66 óbitos.

A queda acentuada é resultado de um conjunto de medidas adotadas de forma contínua e estratégica pela Prefeitura de Joinville. O monitoramento técnico semanal, por meio das chamadas semanas epidemiológicas, permite a identificação de tendências e o direcionamento rápido das ações nos locais mais afetados.

“Nossas equipes se reúnem e avaliam detalhadamente esses dados. Vemos, por exemplo, as regiões onde estão sendo registrados mais casos de dengue para que os agentes possam intensificar as visitas às residências. Também incentivamos as ações do projeto Detetives da Dengue com as crianças e organizamos mutirões com o apoio de várias secretarias, entidades e voluntários”, explica a prefeita em exercício, Rejane Gambin.

Entre janeiro e abril de 2025, foram realizadas 329 mil visitas domiciliares e comerciais pelos agentes de combate às endemias, além da promoção de quatro mutirões comunitários em bairros com alta incidência da doença.

Outro fator determinante para a redução foi a aplicação do método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti contendo a bactéria Wolbachia, incapaz de transmitir dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Essa bactéria, presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, impede que os vírus se desenvolvam dentro do mosquito transmissor.

“Sabemos que o método Wolbachia é uma estratégia com resultados a médio e longo prazo, e ele deve ser implantado enquanto outras ações de prevenção continuam ocorrendo. E foi exatamente isso que fizemos em Joinville”, reforça Rejane.