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Fórum Estadual debate formação, avanços e perspectivas das Residências em Saúde
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Foto: Victória Lopes/ SES -
Com foco na troca de experiências e na construção coletiva de saberes, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Escola de Saúde Pública (ESP), promoveu nesta segunda e terça-feira (7 e 8), em Florianópolis, o 2º Fórum Estadual de Residências em Saúde de Santa Catarina. O evento reuniu cerca de 150 profissionais, gestores, autoridades e representantes de instituições de ensino de todas as regiões.
O secretário da Saúde, Diogo Demarchi, participou da abertura e ministrou uma palestra sobre o tema ‘Residências no Contexto da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina’. Na ocasião, destacou a relevância estratégica das residências para o fortalecimento da rede e o fomento de políticas públicas.
“É um momento de diálogo sobre as perspectivas do andamento e do avanço das residências, não somente médicas, mas também multiprofissionais, no âmbito do Sistema Único de Saúde e da saúde pública catarinense. Em Santa Catarina, são 88 programas vinculados à Secretaria de Estado da Saúde, em 16 unidades estaduais, além da residência multiprofissional na área da saúde da família. A SES também conta com um núcleo relacionado às residências, que atua de forma inovadora no cenário nacional e potencializa todos os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos”, ressaltou o secretário Diogo Demarchi.
O gestor ainda acrescentou que a expectativa é de que, como resultado do encontro, sejam encaminhadas propostas e aprimoramentos no âmbito das residências em Santa Catarina.
Ao longo dos dois dias, os participantes acompanharam palestras com especialistas, workshops interativos e mesas-redondas que abordaram temas atuais e relevantes para a formação, como saúde mental nos programas de residência, ética, produção científica e projetos pedagógicos. A iniciativa se firmou como um importante espaço de qualificação, promovendo integração, aperfeiçoamento e avanços para profissionais e instituições.
“Sabemos que formar profissionais da saúde não é uma tarefa simples. Envolve compromisso ético, investimento em estruturas de ensino, apoio institucional e, principalmente, uma escuta ativa dos territórios, onde o cuidado se concretiza de fato. Hoje, os programas de residência da SES envolvem mais de 850 residentes e cerca de 1.700 profissionais, entre preceptores, supervisores e coordenadores. Esses números demonstram a magnitude da política de residências no Estado. Mas, mais do que números, são vidas sendo formadas e transformadas, vidas que impactam diretamente no cuidado da população”, destaca a diretora da Escola de Saúde Pública, Aline Schlindwein.
Pioneiro no país, o fórum contou com o apoio do Ministério da Saúde, com a presença da Coordenadora-Geral de Residências em Saúde, Priscilla Azevedo Souza, que apresentou a proposta da Política Nacional de Residências em Saúde, uma portaria interministerial, em elaboração com o Ministério da Educação, que deverá ser instituída no âmbito do SUS.
O Fórum se consolidou como um espaço estratégico de articulação e construção de parcerias, fortalecendo redes de cooperação entre diferentes programas de residência. Reconhecida como uma estratégia potente de formação e serviço, a residência desafia os modelos tradicionais de ensino ao aproximar o conhecimento técnico-científico da prática cotidiana. Com esse formato, os profissionais em formação desenvolvem competências que vão além do domínio clínico, abrangendo aspectos éticos, políticos e humanísticos, fundamentais para a atuação.
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