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Arthur Elias cobra Conmebol por estrutura da Copa América Feminina
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Foto: Lívia Villas Boas/CBF -
Técnico do Brasil reclama de condições para aquecimento e jogo parado
Apesar da vitória por 6 a 0 sobre a Bolívia, na última quarta-feira (16), pela segunda rodada da Copa América Feminina, a seleção brasileira de futebol não saiu plenamente satisfeita do Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito (Equador). Em entrevista coletiva, o técnico Arthur Elias lamentou a estrutura oferecida pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Assim como ocorrido antes do triunfo na estreia contra a Venezuela (2 a 0) no domingo (13), as jogadoras não puderam fazer o trabalho de aquecimento no gramado, sob alegação de que o campo teria de ser preservado, pois o estádio recebe dois jogos em sequência no mesmo dia. A preparação, então, teve de ser feita no vestiário: um espaço pequeno que precisou, inclusive, ser dividido entre as seleções.
"Posso dizer que a questão do aquecimento me preocupa muito. Tivemos uma jogadora hoje [quarta] que, no fim do aquecimento, sentiu a possibilidade de ter algo muscular. Fizemos testes [e ela foi para o jogo], mas se ela precisasse ser trocada em cima da hora, a jogadora que entrasse o faria sem aquecimento, porque naquele lugar não cabem as 20 atletas de linha para aquecer. E [as titulares] acabam aquecendo mal. É uma condição até preocupante para a saúde das jogadoras e para o jogo, obviamente. Quando as equipes não aquecem no campo, demoram a pegar [ritmo], temos visto muitos erros de passes das equipes, especialmente no primeiro tempo. Penso que influencia muito", argumentou o treinador brasileiro.
A goleada verde e amarela - transmitida ao vivo pela TV Brasil - poderia ser até mais elástica, não fossem ao menos dois gols mal anulados por impedimento. Vale lembrar que a fase de grupos da Copa América Feminina não tem árbitro de vídeo (VAR), ao contrário do que ocorre na masculina. A tecnologia será utilizada somente a partir das semifinais.
Outro detalhe levantado por Arthur Elias na coletiva foi o pouco tempo de bola rolando. Segundo o técnico, a partida esteve mais paralisada do que deveria.
"No futebol sul-americano, precisamos ter mais cuidado. Perguntei à árbitra [a argentina Roberta Echeverria], uma boa árbitra, qual é o critério, porque a Fifa [Federação Internacional de Futebol] recomenda [ao menos] 60% de bola em jogo. No segundo tempo, foram 32% de bola em jogo e no primeiro [tempo] menos de 40%. Isso é muito ruim, pode ser determinante para a classificação e influencia tecnicamente, porque o saldo de gols pode desempatar. [Temos de saber se] Estamos fazendo diferente da Fifa e o porquê. A gente tem uma Copa do Mundo no Brasil [em 2027], que representa nosso continente e é importante estarmos todos juntos para fazermos as reflexões e cobrar quem tem que ser cobrado", avaliou.
O Brasil lidera o Grupo B com seis pontos, contra três do Paraguai, um de Colômbia e Venezuela e zero da Bolívia. As brasileiras descansam na terceira rodada e voltam a campo na próxima terça-feira (21), diante das paraguaias, novamente no Gonzalo Pozo Ripalda, às 21h (horário de Brasília).
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