Deputados cobram ajustes no programa Universidade Gratuita para evitar endividamento de estudantes

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (5), deputados estaduais cobraram ajustes urgentes no programa Universidade Gratuita, que oferece bolsas para estudantes em instituições privadas de ensino superior em Santa Catarina. Embora tenham reconhecido a importância da iniciativa, os parlamentares alertaram para falhas no modelo atual, que estão gerando endividamento e frustração entre os jovens.

O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Comunitárias, deputado Napoleão Bernardes (PSD), foi enfático ao apontar que o programa precisa de “mudança de rota”. Segundo ele, a regra que exige que o aluno se matricule antes de saber se será contemplado com a bolsa tem causado prejuízos a estudantes que acreditaram no programa e não foram selecionados.

“Temos uma geração de jovens endividados. Muitos se matricularam e pagaram mensalidades na expectativa de serem beneficiados. Agora estão com o nome negativado”, alertou Bernardes. O parlamentar adiantou que vai apresentar um projeto de lei para reverter essa lógica, garantindo que os estudantes só realizem a matrícula após a confirmação da bolsa.

A manifestação recebeu apoio dos deputados Rodrigo Minotto (PDT) e Mário Motta (PSD). Minotto reforçou a importância do programa, que já beneficia mais de 40 mil estudantes, mas defendeu maior clareza nos critérios de seleção. “Ainda há milhares de jovens que não foram contemplados. Precisamos de transparência. Recursos públicos devem atender quem realmente precisa”, destacou.

Já Mário Motta informou que o tema será debatido em audiência pública marcada para o dia 14 de julho, às 14h, na Assembleia Legislativa, em um evento conjunto das Comissões de Finanças e Tributação e Educação e Cultura.